7 de dez. de 2008

Cigana


ME VEJO BAILA
CIGANA


ME VEJO BAILANDO
ENTRE PANOS
VERMELHOS TRANSPARENTES
SEDUZINDO OS OLHOS GITANOS
QUE ME COLHE
NO CIO DA FLOR ENBRIAGADA


ME VEJO ENTRILHADA
PELO CAMINHO SEM VOLTA
NA POEIRA DO ESTRADÃO
OUÇO OS TROPEUS
DOS CAVALOS FELIZES
NA MELODIA DA NATUREZA
QUE SABOREIA AS CORES FUGAZES
MISTURANDO CORES,
PAIXAO E SUTILEZA
DAS CIGANETES QUE DOMINA
OS CORPOS DORMENTES
E SEM VOLTA NOS LEVA
Á PARAISO MÍSTICO
NO VENTRE DA MAE-CIGANA
DE ONDE A ALMA SE ACOMODA
E NAO QUER MAIS VOLTAR

ME VEJO NESSE VENTRE
ME POSSUO NESSA TRILHA
SEDUZIDA MINHA ALMA
MESMA CALEJADA
MAS IMPLORADA AO POVO
QUE ME COBIÇAS

VIVER DESSE BAILAR
DE CORES E PAIXÃO...
NBABBBDO
ENBATRE PANOS VERMELHOS TRANSPARENTES
SEDUZINDO OS OLHOS GITANOS
QUE ME COLHE
NO CIO DA FLOR ENBRIAGADA


ME VEJO ENTRILHADA
PELO CAMINHO SEM VOLTA
NA POEIRA DO ESTRADÃO
OUÇO OS TROPEUS
DOS CAVALOS FELIZES
NA MELODIA DA NATUREZA
QUE SABOREIA AS CORES FUGAZES
MISTURANDO CORES,
PAIXAO E SUTILEZA
DAS CIGANETES QUE APODERA
OS CORPOS DORMENTES
E SEM VOLTA NOS LEVA
Á UM PARAISO MÍSTICO
NO VENTRE DA MAE-CIGANA
DE ONDE A ALMA SE ACOMODA
E NAO QUER MAIS VOLTAR

ME VEJO NESSE VENTRE
ME POSSUO NESSA TRILHA
SEDUZIDA MINHA ALMA
MESMA CALEJADA
MAS IMPLORADA AO POVO
QUE ME COBIÇAS

VIVER DESSE BAILAR DE
CORES E PAIXÃO...

(Bárbara Péres)

Beija-me!


Beije-me de maneira que eu possa sentir tua alma.
Escuta a voz do meu coração neste pedido com emoção.
De maneira simples na certeza ou não de me querer
Beija-me sem promessas mesmo sem entender!

Faz-me neste beijo mulher ou faz de mim o que quiser.
Na duvida beija-me, pois quero te fazer ver estrelas brilhar.
Beija-me o corpo inteiro, pois tudo é passageiro no amar.
Minta se preciso for eu me entregarei como meu primeiro amor.
Seja ousado não fale a idade viva comigo entre a fantasia e a realidade.

Beija-me com harmonia que eu transformo tudo em poesia.
E na sabedoria beija-me com arte porque vivo de magia.
Ou com amor beija-me que eu recito pra você todos meus dias
E encantaremos o mundo no amar sem asas voaremos
aos céus num eterno beijar

(Marisa Torres)

Dentro de Mim


Harmonia
Falta onde antes havia
Lágrimas não cessam
Dor, sempre do lado esquerdo,
Suplício desde muito cedo.
Caótica tranqüilidade
Não te ponhas em rimas na minha mente
Nem sabes se sou decente
Dependente de coisa alguma
Caçando dentre as melhores, apenas uma.
Nenhuma irei encontrar
Também não irei desesperar
Despedaçando o âmago
Enquanto sofro, clamo:
Amo a todos, por que ninguém gosta de mim?
Não devia ser assim,
Mas o é
Creia quem quiser
Não me preocupo
Me ocupo
Com tudo relacionado ao nada que sou
Enquanto pensa, eu já me vou
Buscar a tal felicidade
Que por grata oportunidade
Aconteceu assim:
Construiu sua morada dentro de mim.

(Under®AC)

Andanças...


Já andei por muitos sonhos acendendo estrelas
Por mares desérticos, frias camas aquecendo ilusões.
Propus-me a rir e cantar empíricas volúpias...

No meu olhar o brilho do luar roubado das madrugadas
Mudando como lótus na superfície da água, Édipo espelho.
Brinquei de esconder com minha sanidade, genuflexo em prece.
Milhões de caminhos se abrem a minha frente misturando-me
Vivo como elementos de uma fabula trancados em uma caixa mágica.
Procuro pelas luzes roubadas do universo por teus olhos...

Abrigo-me à sombra do coração que flutua no limiar da loucura
Desejos insones amanhecem alados sob as chuvas do passado
Infatigável, deixo-me guiar pelo poeta em seu jardim de palavras.

A eternidade se finda, põe-se com o sol desnudando a lua, aflição.
Pedirei ao verso que me conceda o entendimento, empíreo sacramento.
A diástase do destino não impede a arborescência da paixão, luminescência.
As cartas escritas ao desatino retornam sem as respostas obsecradas.
Interno-me na obscura noite senhora dos entendimentos, mãe esclarecedora.
Mãos suaves tocam minha alma libertando melodias de encantamento.

Imolo-me na sagrada fogueira da saudade cujas cinzas alimentam o amor.
Na bolha de sabão em que viajo mora um arco-íris que guarda um tesouro
Fúlgida formula de minha ansiada felicidade...Você.

(AlexSimas)

Senti


Senti...senti, a brisa refrescante
Do mar.
Ou talvez o perfume de sândalo
No ar.
vi.. simplesmente, vi
a flor do maracujá.
cores e cores
a se misturar
senti.. senti no teu olhar
chama ardente,
capaz de queimar.
Ou, simplesmente vi,
vi..Uma lágrima rolar
Molhar os teus olhos
Borbulhante a bailar.
Ouvi..ouvi melodia.
Rouxinol, a cantar
Será? será o seu canto?
Ou do sabiá.
Cantei..cantei a musica
Dos anjos além
Talvez,, sonhei,
Sonhei que era fada
Ou anjo também.
Vi..vi o certo
E o incerto, de mãos dadas
Andar.
Toquei...toquei no cometa
Com o meu polegar.
Não sei.. talvez
Talvez sejam sonhos
Ou seja, o acordar.

autoria: Mara Laurentino

4 de dez. de 2008

Condenado ao amor



Nessa manhã que chega afagando-me os olhos
Traduze-te em clara luz de infinita beleza
Arrancando-me das lembranças doce...
... Aroma de framboesa

Teus raios atravessam a frágil cerca
Aonde em vão tenta esconder-se um coração
Marcando-me o assoalho da alma
Com listras salteadas escuras e claras

Lembrando-me prisioneiro voluntario
Da prisão do amor ao qual me encontro...
...Condenado

(AlexSimas)

Falando de Amor...





Amor impossível não existe
Existe o cansaço de buscá-lo com emoção!
Amando pode-se tudo...
Passos guiados saídas e caminhos.
Difícil no amor é segurá-lo!
Três palavras mágicas sentidas...
Regem o brilho do sol num coração apaixonado.
Quando falasse “eu te amo”
Tudo que era negro fica dourado!
O amor sente-se, capta-se e atrai sedução.
Conquistas e revelações se manifestam...
Provocações ciúmes e surpresas gostosas.
O amor no seu esplendor e a mais bela canção!
Surge de um olá e segue nas manhas do mar
No entardecer leva-se de mãos dadas às praias percorrer.
Quando surge a lua já não tem escolha só resta amar...
O amor na madrugada faz dois amantes enlouquecer.

(Marisa Torres)

Saudade


Saudades ,doces saudades
Do tempo que não volta mais
Da tua, voz teu sorriso
Dos nossos dias de paz
Saudades da, tua boca
Da tua pele,de tudo enfim
Saudades, do cheiro das rosas
Que sempre trazias pra mim.
Saudades da, primavera
Quando te fosses, pra não mas voltar
Mesmo sabendo ser inútil á espera
As saudades me trazem, a luz do teu olhar.
Saudades nas noites, de estrelas cadentes
No brilho da lua.
Ou no sol reluzente.
No som do riacho, nas ondas do mar
No pingo da chuva, ou no grilo a cantar.
Saudade! Saudades! está á machucar.
Nos dias de inverno, nas noites a sonhar
Pior que a saudade, é saber que agora.
Tu foste embora pra não mais voltar.

(Mara Laurentino)

O Tempo


Meus olhos tocam na profundidade
Do meu eu...
Vejo-me perplexa, abatida, sem asas, sem voo...
Sinto um calafrio na espinha que rompe
E consome os meus dias indo embora
Feito águas desaguando, pequenas e perdidas, no oceano
Resta-me o som do violino
Tocando lá longe
Pelo menino aprendiz
Ouço as notas tristes
Uma lágrima cortante desce rolando ate a alma
E vejo-me só, abatida, sinto a embriaguez do tempo
Domar minha linda juventude
A qual persistida de amores clandestinos
Acudia da solidão e me fazia rir...
Meus olhos agora
Tocam no abismo
Dentro de mim
Vejo-me pequena, perdida
Mas a nota do violino anuncia
Que ainda existe vida...
Ainda existe cor e lágrima
O prelúdio de um novo amanhecer...

(Bárbara Péres)

3 de dez. de 2008

Verdes Olhos


Verdes olhos,
olhos verdes
Sombrios e belos
Face desprovida de emoção
Rompendo todos os elos
Sem demonstrar disposição
Observadora passiva
Queimando minha alma
Qual água viva
Devorando toda a calma
Que pensei existir
E já tarde descobri
Que lindos são seus olhos
Seu sorriso contido
Desvendendo sem querer nada mostrar
Mexendo tanto comigo
Que busca um motivo encontrar
Ao menos para te conhecer o nome.

Under AC

Wave


Vou te contar,
os olhos já não podem ver
coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
é impossível ser feliz sozinho
O resto é mar,
é tudo que eu nem sei contar
são coisas lindas que eu tenho pra te
dar vem de mansinho a brisa e me diz
é impossível ser feliz sozinho
da primeira vez era a cidade
da segunda o cais e a eternidade
Agora eu já sei da onda que se ergueu no mar
e das estrelas que esquecemos de contar
o amor se deixa surpreender
enquanto a noite vem nos envolver.

(Tom Jobim)

Poema XXVII


Se da jornada chego fatigado
e deito os membros lassos neste pouso,
à viagem da mente sou lançado,
o corpo entregue à paz do bom repouso;
longe, o meu pensamento te procura,
numa zelosa peregrinação
e olhar cansado, posto em noite escura,
mostra o que o cego vê, noutra visão;
pois este olhar do espírito imagina
desocultar sem olhos o teu vulto,
que a velha noite adorna e repristina,
gema engastada, quando o desoculto:
em alma e carne lavras inquietude
que noite e dia gera faina rude.


William Shakespeare

Devaneios de uma Paixão


No canto do mar ouço tua voz,
no cheiro das flores sinto teu perfume,
na solidão das horas sinto falta de tua presença.

No frio da noite busco em vão teu corpo quente...
Meus lábios reclamam a falta dos teus,
minhas mãos sentem saudades de tua pele macia.

Meus olhos regozijam-se com o sorriso meigo
em tua fotografia...

Tua falta me sufoca, tua ausência me maltrata.
Cada molécula de meu corpo, cada partícula de meu eu
vive em função de ti.


Te amo !
Amo-te de forma sublime...
Um amor sagrado e profano, puro e leviano
da carne e do espírito, selvagem e pacifico,
de dor e prazer.

Es tal qual deusa encarnada, que adoro e desejo,
quero que saibas que sou teu homem,
e não vejo à hora de me aconchegar em teus braços
feito moleque matreiro...

(AtsoC ErdnaxelA)

2 de dez. de 2008

Amo-te Assim !



...

Te esperava sem saber
te pressentia sem querer
sempre te amei.
Amo-te assim com a sensibilidade
e a paixão dos Deuses.
Quero ver-te intensa
amar-te sendo a sua canção.
Quero te amar com os olhos
e deixar que eles falem
tudo o que hoje minha
voz teima em calar.
Amo-te assim em letras
palavras e sons.
Amo-te assim de corpo alma e coração.
Alma que desnuda
desprende-se do meu corpo
e rompe os limites
do espaço e da lógica
num vôo suave que me leva ao seu encontro.
Deixando no vento
o rastro do meu amor
para que nele encontres
toda a paz que possas precisar.
Possa eu ser tua plenitude.
E o meu amor possa traduzir-te a eternidade.
Amo-te assim!

(AlexSimas)

Soneto do Amor Total


Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinicius de Moraes

Soneto de Devoção


Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.

Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei os
Carinhos que nunca a outra daria.

Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.

Essa mulher e um mundo! - uma cadela
Talvez... - mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela.


Vinicius de Moraes

Soneto de Fidelidade


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim,quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


(Vinicius de Moraes)