14 de fev. de 2009

Cabe no poema


Cabe no poema
A ironia, a maldade
A borboleta, o rio
A lembrança, a saudade!

Cabe no poema
Olhos tristes sem sonhos
Perfumes caros e baratos
Velhos costumes bisonhos!

Cabe no poema
A sede, a fome
O sorriso do rico saciado
O pobre sem nome!

Cabe no poema
Futuro aflito ou promissor
Frustração diária
Desencanto de amor!

Cabe no poema
A meiguice, a doçura
A torpidez, a mentira
A insensatez, a loucura!

Cabe no poema
A ansiedade reprimida
A filosofia, a natureza
A morte... a vida!

Clara Longhi

Quando fecho os olhos


Quando fecho os olhos.
Perco-me no tempo...
Abraço-te e beijo teus lábios em sonhos.
Realizo-me em caricias ouvindo
belas melodias.
Leio em teus olhos o que eu sempre quis...
Vejo-te nas fantasias no delírio de ser feliz!

Viajo sem destino nesta doce paixão.
Ofegante vem em mim à fúria de um leão.
Sinto tuas mãos entre as minhas perdidas.
Nas nuvens amo-te em noites jamais
esquecidas.

Fecho os olhos aí te encontro e me
encontro...
E nas caricias nos perdemos e de tudo
esquecemos.
Assim te amo, e enlouqueço-te neste
eterno querer!
Fecho os olhos e nesta bela sintonia
eu só vejo você!

Marisa Torres

Uma lágrima.



Estava lá!
Uma rosa vermelha em minha janela.
Sufoquei uma lágrima, que teimava em descer,
Rolar, se alastrar no meu rosto.
Sentia e sabia, sim, sabia. que era uma despedida.
Como a zombar, estava um beija-flor, pra lá e pra cá.
Em vôos rasantes, pra lá e pra cá.
Vai ingrato! Vai para longe e levas contigo,
O orgulho da tua alma insensível.
A dor é tão somente o purgatório do corpo.
Inconseqüente é o amor adolescente, sem medidas nem fronteiras.

Amor, ínfimo amor, que jaz nas cinzas de uma saudade,
Louca e egoísta.
Egoísta em querer te fechar em meus cadeados.
Prender-te em meus elos.
Há, miserável sentidos dos sentidos!
És capaz de dá um nó, em um coração á tanto já, despedaçado.
Sei no inconsciente, que vai doer e doer.
Sem despedidas, sem adeus, só uma rosa, uma, e vermelha.
Soa-me como zombaria, por ser a cor da paixão.
Quero esconder-me na sombra do meu eu.
Sentir-me forte, e não sentir.
Não há lágrimas, não há despedidas.
Invoco dentro da escuridão de mim, a mim.
As forças que tenho, sou forte, nunca choro, nunca sinto,
Nada de dor nem saudades, sim, sou forte.
Então porque teimosa, uma a uma continuas a descer, se espalhar,
Molhar o meu rosto, a contradizer-me?
És tu o meu próprio algoz?
Lágrimas, lágrimas, e entre lágrimas, mais uma,
Lágrima...


Mara Laurentino

Pela Manhã


Desencontrado nesta estrada
Sob o nada
Sobre tudo
Inteiramente confuso
Suportando a conseqüência
Condiz com sapiência
Tudo que disse antes
Nada sofre por estar distante
Errante por não ser deste lugar
Por não ter a quem amar
Peregrino no próprio coração
Fazendo tudo com noção
Nada o foi ensinado
E nem está preocupado
Aprendeu por conta própria
Seguindo sua sina
Compôs nova rima
E a declama desencontrado,
Buscando se encontrar.


Under®AC

...Bem me quer.


Meu coração flor delicada
Entre-conchas de tuas mãos se encontra
Para fazeres dele o que bem entender...

Não o desfacele no brincar de adivinhar
O que de todo o mundo é saber
Arrancando-lhe pedacinhos em desfolhar sem fim

Na terra face e vida
Derramas minhas pétalas lagrimas
Para no final descobrir que serás sempre...
...Meu bem querer.

(AlexSimas)

Convite


Pode entrar
Que a porta esta entreaberta
O vento a sopra todo momento, embalando
Nossa solidão...
Que as flores estão floridas e per fumantes
E há entre esse silencio um acorde em cada amanhecer...
Pode entrar
Como entra o ar puro da montanha
Chegando na hora justa
De espantar a solidão
Pode entrar
Que a porta esta sempre entreaberta
Na posse galante de esperar
Vem provar-me
Que a solidão venceu o tempo de espera
Vem entrando como primavera
Não importando qual seja a estação
Pode chegar
Que sua boca é meu prelúdio da água benzida
É teu cio e carne que me faz
Ser capaz de nunca deixar-me afogar
Pode chegar
Que expulsei a dor e a saudade
Arrastei a maldade porta afora
Enfeitei os todos os cômodos de flores
E plantei o desejo e o perdão
Vem-me mostrar
O caminho pro céu
Lambuzar-me de mel
Encher-me de feitiços
Pode entrar
Que na solidão só sei chorar
Entra e ocupa todos os espaços
Desse meu pobre coração.

Bárbara Perez

Siga a voz...



Siga a voz silenciosa do seu íntimo.

É a voz da consciência.
Ela está recebendo
as transmissões de Deus para você.
Dê atenção a esta voz.
Ela só lhe indica
o bom caminho.

A consciência alerta-nos
dos perigos da estrada.
Avisa-nos quando queremos
"avançar o sinal" do bem.
Afere como estamos
perante os outros.
Sofre quando causamos
dor a alguém.
É Deus em nós,
alertando, avisando,
aferindo e sofrendo.
Não tente sufocar esta voz.

Como sua maior amiga,
ela não se cala jamais.
Obedecer a voz da consciência
é obedecer a Deus.

NAMASTHÊ!!!

Marco Marcelo <>/<>Mallagoli