7 de dez. de 2008

Andanças...


Já andei por muitos sonhos acendendo estrelas
Por mares desérticos, frias camas aquecendo ilusões.
Propus-me a rir e cantar empíricas volúpias...

No meu olhar o brilho do luar roubado das madrugadas
Mudando como lótus na superfície da água, Édipo espelho.
Brinquei de esconder com minha sanidade, genuflexo em prece.
Milhões de caminhos se abrem a minha frente misturando-me
Vivo como elementos de uma fabula trancados em uma caixa mágica.
Procuro pelas luzes roubadas do universo por teus olhos...

Abrigo-me à sombra do coração que flutua no limiar da loucura
Desejos insones amanhecem alados sob as chuvas do passado
Infatigável, deixo-me guiar pelo poeta em seu jardim de palavras.

A eternidade se finda, põe-se com o sol desnudando a lua, aflição.
Pedirei ao verso que me conceda o entendimento, empíreo sacramento.
A diástase do destino não impede a arborescência da paixão, luminescência.
As cartas escritas ao desatino retornam sem as respostas obsecradas.
Interno-me na obscura noite senhora dos entendimentos, mãe esclarecedora.
Mãos suaves tocam minha alma libertando melodias de encantamento.

Imolo-me na sagrada fogueira da saudade cujas cinzas alimentam o amor.
Na bolha de sabão em que viajo mora um arco-íris que guarda um tesouro
Fúlgida formula de minha ansiada felicidade...Você.

(AlexSimas)

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